domingo, 25 de agosto de 2013

Primeira ecografia: 4 semanas e 3 dias

Aqui estou eu, gravidíssima e feliz! Na última terça-feira refiz o beta, que novamente mais que triplicou - foi de 201 mUI/mL a 2.071 mUI/mL em cinco dias. Na quarta, consultei o médico e ele me enviou imediatamente para a ecografia. Confesso que esse era o exame que mais me apavorava. Voltar à clínica, à sala e ao ecografista que participaram de momentos nada fáceis nos últimos meses, como a descoberta do aborto retido e dos restos ovulares que nunca saíam de mim, foi bem tenso. Meu marido estava junto e tentou me acalmar.

E lá fomos nós, para mais um susto: o médico demorou dez minutos para localizar o corpo lúteo. Chegamos a pensar que fosse uma gravidez ectópica (tubária), mas como o beta estava bombando, e nesse tipo de gestação o crescimento é baixo, o ecografista insistiu em procurar até que, lá num cantinho quentinho, estava o nosso baby, com características de quatro semanas e três dias. Respiramos aliviados!

Nessa fase, ainda não dá para ver embrião, muito menos ouvir o coração. Mas os médicos dizem que o andamento da gestação está bem. Agora, é continuar caminhando ao lado da nossa velha amiga paciência, e esperar que a natureza haja. Estou tomando todos os cuidados recomendados pelo médico - inclusive manter o uso do Utrogestan - e pensando positivo. Nada garante que a perda não vá acontecer de novo, mas não tenho medo. Já sei como é isso - quando eu engravidei pela primeira vez, não sabia como ocorria uma perda, e esse desconhecido me atormentava. Estou pronta para o que vier!

#5semanas

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sexta-feira, 16 de agosto de 2013

BHCG positivo e evoluindo!

Gentem, tô grávida! Ontem refiz o BHCG e deu 201 mUI/mL (com referência de positivo a partir de 50 mUI/mL). Fiquei superfeliz com o resultado. E impressionada. Afinal, o HCG deveria dobrar em dois ou três dias e, nesse período, ele foi de 24 a 201 mUI/mL (mais que triplicou). Bem, espero que não haja nada de mal nisso também - vai saber...

O mais legal foi que, na noite anterior, sonhei com esse número. Por sorte, comentei com meu marido antes de pegarmos o resultado, senão ninguém acreditaria. Algumas horas antes, disse a ele: "Sonhei que tinha dado 200 mUI/mL, mas acho que é impossível, porque seria uma evolução muito alta". Mas dito e feito! Agora ele quer jogar no bicho (kkk). Outra coisa legal desse momento: foi ele - meu marido - quem me deu a notícia de que eu estava grávida (pode isso, Arnaldo?!). Eu estava numa reunião de trabalho e ele acessou o site do laboratório antes. Ligou todo feliz, dizendo que eu havia acertado o resultado.

Mas nem tudo são flores e, depois da felicidade do resultado, tivemos que voltar a colocar os pés no chão. Ainda temos muitas dúvidas sobre o que está acontecendo. Afinal, esses 201 mUI/mL vieram aos 14 dias de atraso menstrual - ou seja, quando eu deveria estar com mais de cinco semanas de gravidez e ter bem mais hormônio.

Por outro lado, como meu ciclo estava muito irregular, pode ter ocorrido uma ovulação suuuuuuuuper tardia. Outro estranhamento que tenho é de os sintomas estarem bombando - muito mais do que quando fiquei grávida pela primeira vez - desde quando o hormônio ainda era quase imperceptível. Só um médico para explicar - ou algum voluntário aí disposto a me ajudar a entender =)

Liguei para o meu médico e ele pediu calma. Disse rapidamente para esperarmos mais uma semana para repetir o beta e, dependendo do resultado, fazer uma ecografia. Farei a consulta na próxima quarta-feira. Daqui até lá, é torcer para o hormônio continuar a evolução esperada. Além de seguir as recomendações do médico: tomar Utrogestan duas vezes por dia (apenas como precaução, até o dia da consulta) e continuar o ácido fólico. Também pediu que evitássemos relações até a consulta.

Outro grande desafio nessa hora é a vontade de contar para todo mundo dessa pequena vitória. Já contei, em segredo, para meia dúzia de pessoas. Mas meu marido, mais racional, está segurando a onda. Ainda não contou para ninguém, nem da família dele. Espero que na semana que vem tenhamos notícias tão boas que o medo da frustração diminua, ou até vá embora de vez...

Leia também: Primeira ecografia: 4 semanas e três dias

segunda-feira, 12 de agosto de 2013

Estou "meio grávida": BHCG inconclusivo!

Prontos para mais um capítulo das lições de paciência que a vida tem me dado? Espero que sim. Como já contei aqui, estou tentado engravidar de novo, mas tenho dificuldades em "traduzir" meu corpo. Minha menstruação anda maluca - às vezes demora 50 dias, noutras só 20 - e várias vezes já confundi sintomas da TPM com gravidez. Este mês, tudo se repetiu. Ciclo atrasado e sensações diferentes. Nem me animei muito - sequer contei para o meu marido - mas na quinta-feira passada fiz um teste de farmácia, que deu negativo. Fiquei triste, mas deixei para lá e fui trabalhar, torcendo para a menstruação descer logo para iniciarmos novas tentativas no período seguinte.

Mas no sábado nada tinha acontecido e percebi meus seios bem mais inchados que o normal. Enormes, na verdade! Além disso, comecei a ter tonturas e enjoos. Corri no Google e li várias histórias sobre exames de farmácia com falso negativo e, de repente, lá estava um grande fio de esperança. Como não havia mais laboratórios abertos, fui numa drogaria e comprei outro teste, que fiz no domingo pela manhã. Pensei: "Se há tantos sintomas, há hormônio. E se há hormônio, agora o teste vai pegar". Nada! Nem sinal daquela segunda listrinha rosa tão esperada. Mas dessa vez não me convenci, porque os sintomas só aumentaram. Além de enormes, meus seios começaram a ficar muito doloridos. Senti pequenas cólicas e a tontura continuou. Além disso, já eram 10 dias de atraso. Resolvi que a primeira coisa que faria nesta segunda-feira seria um exame de BHCG.

E foi o que fiz. Tinha certeza que daria positivo. Dessa vez não era questão de intuição, mas de evidências físicas. Porém, lá veio um balde de água morna na hora de pegar o resultado. Explico: não foi água fria, porque não deu negativo. Todavia, também não confirmou gravidez. Deu 24,0 mIU/mL, valor inconclusivo segundo a tabela do laboratório. Fiquei "meio feliz", porque esse resultado pode se transformar em positivo daqui uns dias - dizem que o hormônio dobra a cada 48 horas e a partir de 50,0 mIU/mL é considerado positivo. Mas fiquei "meio preocupada", porque meu beta está muito baixo para 11 dias de atraso. Na minha primeira gravidez também tive o primeiro teste inconclusivo, mas ele estava acima de 40,0 mIU/mL e com apenas três dias de atraso.

Ok, ok! Vale lembrar que minha menstruação está irregular - difícil de saber o real atraso - e que posso ter tido uma ovulação tardia, como na primeira vez. Mas aí vêm as dúvidas: Quão tardia pode ser uma ovulação? Posso estar com uma semana de gravidez quando os cálculos de data da última menstruação (DUM) indicam cinco semanas? Posso estar de mais tempo com o BHCG baixo desse jeito (isso acontece)? É mal sinal? É relativo? Não é contraditório ter sintomas fortes e hormônio baixo, se é o hormônio que causa os sintomas? Estou grávida? Estive grávida? Estarei grávida? Estou "ligeiramente grávida"? E eu que pensava que já tinha feito todas as perguntas possíveis na primeira gestação... E, ainda, eu que dizia que na próxima só queria descobrir a gravidez com várias semanas, para não viver a aflição desse comecinho (na primeira vez, só vi o corpo lúteo). 

Claro que liguei para o meu médico. Ele me orientou a repetir o exame daqui três dias. Mais uma lição de paciência! Até lá, vida que segue, como se nada estivesse acontecendo (como se isso fosse possível...). Pelo menos meu marido tem bom humor nessas horas: diz que sou a maior descobridora de bebezinhos recém-encomendados... rs

quinta-feira, 1 de agosto de 2013

O medo da perda e os três primeiros meses de gravidez

O assunto de hoje parece mórbido – acho que é mesmo – mas ele vai e vem na minha cabeça. Vivo pensando com os meus botões: “Deve ser tão bom descobrir a gravidez só lá pelo segundo mês, porque dali para o terceiro é um pulinho rápido”. Quando engravidei, descobri logo na terceira semana, e me pareceu uma eternidade o fim do primeiro trimestre – depois do qual eu poderia respirar tranquila (se tivesse chegado lá), porque os riscos de perda são bem menores a partir de então. Mas quando falo isso por aí, logo ouço diversas histórias de pessoas que perderam no quarto, no quinto, até no oitavo mês de gestação. Tem gente que perde o filho na hora do parto, outros perdem quinze dias depois.

Qual mãe nunca se perguntou se estava tudo bem enquanto olhava seu bebezinho dormir? Sei de gente que coloca um espelho no nariz do pobrezinho para ver se ele está respirando. E o primeiro “galo” na cabeça? Horas de vigília da mamãe, depois do tombo! E quando ligam da escola dizendo que aconteceu algo? E quando sai à noite pela primeira vez? E quando começa a dirigir? E quando compra uma moto? E quando vai viajar com os amigos? E quando? E quando? E quando? Infelizmente, tem quem perca o filho com um ano. Com dez anos. Com vinte. Minha tia perdeu o dela com quarenta... E isso pode acontecer por complicações na saúde, acidente, drogas e muitas outras coisas ruins que estão por aí, pela vida.

Então me dei conta de que, desde o primeiro momento que se sabe que está grávida, o medo da perda é para sempre. Bom se ele durasse só três meses! Mas na gravidez o amor só cresce, cresce, cresce, e ninguém quer perder aquele que ama. Digo isso não para que quem já  está numa fase mais avançada da gravidez, ou que já tem filhos, sinta medo. É só meu jeito de dizer a quem ainda está no primeiro trimestre que não se apavore tanto, que não se sinta num grupo de risco, quando na verdade todos os seres vivos fazem parte desse grupo de alguma forma.  

Claro que muitos cuidados devem ser tomados para evitar perdas. Mas, por outro lado, há um cuidado muito importante para a saúde emocional: não permitir que o medo nos torne pessoas negativas, pessimistas, covardes, bitoladas. Ter um filho é gerar uma vida. E todos sabem como a vida é...

Leia também: Estou "meio grávida": BHCG inconclusivo!