terça-feira, 20 de maio de 2014

As últimas semanas de gravidez: trabalho, noites bem dormidas e chamego com o marido

Posso dizer que minhas últimas semanas de gravidez foram muito boas, apesar do cansaço físico e das incontáveis contrações de treinamento. Trabalhei até o final e achei isso ótimo. Primeiro, porque eu não tinha nenhuma recomendação médica para não trabalhar. Segundo, porque isso ajudou a controlar a minha ansiedade. Terceiro, porque me ajudou a não engordar ainda mais (sim, trabalhar me manteve ativa e evitou que eu passasse o dia comendo). Mesmo assim, engordei mais de 15 quilos!

Ok, eu poderia ter cuidado melhor da alimentação. Mas a ansiedade estava aí - e sabemos que depois que o bebê nasce a dieta tem que ser ainda mais rígida, por causa das cólicas -, então me permiti saciar os desejos gastronômicos. Além disso, na verdade, me senti muito bem com meu corpo até o final, apesar de tantos quilos adquiridos. Continuei ágil, me abaixava com certa facilidade e mantive a rotina normal. Além de trabalhar normalmente, continuei com as tarefas da casa, lavando e passando as roupinhas, organizando as coisas e mantendo a faxineira apenas uma vez por semana. Digamos que esse foi meu exercício físico mais importante.

Outra coisa essencial que fiz nas últimas semanas foi descansar. Como dormi! Claro, há dores no corpo (principalmente nas costas e na lateral do abdômen), mas consegui relaxar e ir buscando as melhores posições. No meu caso, resolvi boa parte do problema colocando uma toalha dobrada na lateral do corpo (na altura das costelas). Eu dormia de lado e essa toalha nivelava meu corpo (eliminando o vão entre a cintura e as costelas). Muita gente faz isso com o travesseiro, mas para mim não funcionou, porque meus travesseiros são altos e acabavam dando o efeito contrário (elevando demais o meu corpo e causando um desconforto às avessas). Ou seja, a toalha foi minha melhor amiga nas últimas semanas. Eu dormi tão bem que nunca levantei mais de uma vez durante a noite - às vezes nenhuma, coisa rara nessa altura da gravidez.

Por fim, o detalhe de ouro sobre esse período: eu e meu marido curtimos muito nossa casa, fizemos programas de final de semana, assistimos mil filmes e seriados, ficamos de bobeira no sofá batendo papo e filosofando sobre a vida, dormimos até tarde sempre que pudemos. Evitamos ficar pensando no que vinha pela frente - afinal, só vivendo é que se sabe como é, não dá para prever. Esse aproveitamento dos nossos últimos dias a dois fez muito bem para nós e, tenho certeza, para o bebê também. Sinto orgulho de ter conseguido levar as coisas assim no final, pois é comum os pais ficarem tão ansiosos que as últimas semanas viram um estresse. Enfim, foi assim, com muita preguiça e companheirismo que nos despedimos da nossa vida de casal sem filhos. Com chave de ouro, na minha opinião.

Leia também: Vésperas do parto: o médico viajou, o bebê virou e o medo chegou

terça-feira, 13 de maio de 2014

Estou bem! Meu filho nasceu e perdi o "timing" do blog, mas vou contar tudinho...

Queridos e queridas, desculpem por tanto tempo de ausência. No fim da gravidez há tanto o que pensar, providenciar e descansar, que perdi o "timing" do blog e fiquei muito tempo sem escrever. Mas penso neste espaço e em vocês todos os dias e estou listando tudo que ainda quero contar, mesmo com atraso. Obrigada a todos que enviaram mensagens pedindo notícias. Aos poucos, vou tentar colocar em dia as respostas aos comentários também, ok?

Para resumir as notícias: meu O. nasceu lindo, com 3.335 kg, 49 cm e olhões bem abertos no dia 23 de abril, com 39 semanas e 3 dias. Desde então, vivo uma aventura incrível que é conhecê-lo e ser reconhecida por ele. Não está nada fácil conseguir tempo livre, mas nos próximos dias vou tentar contar tudo aqui - inclusive sobre as últimas semanas da gravidez, que fiquei devendo.

Não deixem de aparecer, de escrever e de enviar notícias. Continuamos juntos nessa!

Beijos, meus e do O., que finalmente está em meus braços. Em homenagem a este momento, deixo para nós essa letra do Cidade Negra:

A Estrada 

"Você não sabe o quanto eu caminhei, pra chegar até aqui.
Percorri milhas e milhas antes de dormir. Eu nem cochilei.
Os mais belos montes escalei.
Nas noites escuras de frio chorei, ei , ei...

A vida ensina e o tempo traz o tom pra nascer uma canção.
Com a fé do dia a dia, encontro a solução. Encontro a solução.
Quando bate a saudade eu vou pro mar.
Fecho os meus olhos e sinto você chegar. Você chegar.

Quero acordar de manhã do teu lado e aturar qualquer babado.
Vou ficar apaixonado, no teu seio aconchegado.
Ver você dormindo e sorrindo, é tudo que eu quero pra mim