sábado, 23 de novembro de 2013

Uma grávida na estrada: viajei para o exterior

Um dos pré-requisitos para o meu emprego atual é disponibilidade para viajar. Tô sempre zanzando de um lado para o outro, indo e vindo para São Paulo, Rio, Nordeste e companhia. A maioria das viagens é curta, de um a dois dias. Mas, depois que engravidei, passei a consultar o médico todas as vezes e até agora ele sempre me liberou para embarcar. Diz que só restringirá trabalho e deslocamentos de avião se eu tiver alguma complicação, como sangramentos ou desconforto intenso, o que felizmente não ocorreu até agora e espero que não aconteça nunca.

Mas semana passada foi diferente para mim, porque fiz uma viagem de trabalho ao exterior. Embora o médico tenha me liberado, fiquei mais receosa, porque seriam seis dias fora do país. Tudo bem que fui para um país vizinho, a poucas horas de casa, mas a ideia de estar tão longe do meu médico e do sistema de saúde que me atende me deixou um pouco aflita. Por outro lado, a empresa ofereceu um seguro-viagem bem completo, que incluía uma boa quantia para atendimento médico, inclusive em caso de gestação. Eu já estava com 16 semanas, então resolvi não pirar o cabeção e encarar o desafio com tranquilidade. E lá fomos nós, eu, meu baby e alguns colegas de trabalho.

O que posso dizer da experiência? Deu tudo certo! Não me senti mal nenhuma vez, procurei me alimentar e dormir da maneira mais correta possível - embora longe de casa seja difícil manter alguns hábitos da nossa rotina - e tivemos excelentes resultados no trabalho. Na semana anterior à viagem, meu médico retirou o uso do Utrogestan, o que acho que contribuiu muito para o meu bem-estar (o hormônio potencializava muito os sintomas, como enjoo). Também tive a sorte de estar acompanhada por uma equipe muito tranquila e atenciosa, que o tempo todo checava se eu estava bem e me deixou muito segura.

Na prática, eu estar grávida não fez diferença, correu tudo normalmente. Mas mesmo assim vale lembrar sempre que preciso respeitar meu filho acima de tudo e, antes de qualquer compromisso profissional, ele é a prioridade. Minha sorte é que ele é um bebê muito bonzinho e comportado, não dá trabalho para a mamãe =)

Enfim, a parte mais difícil dessa viagem foi a saudade que sentimos do papai. E foi justamente naquela semana que minha barriga deu uma crescida incrível. Mandei fotos todos os dias e meu marido fazia contato o tempo todo para ver se estávamos bem. Na volta, quando ele nos viu pessoalmente, ficou impressionado com as mudanças no meu corpo - o médico havia me alertado que naquele momento o crescimento seria mais rápido. Agora estamos novamente aqui, os três juntos, curtindo o dia a dia dessa fase linda. Deu tudo certo na viagem, mas nessa hora nada é melhor do que voltar para o "ninho".

#17semanas

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sábado, 9 de novembro de 2013

Rinite de gravidez: eu tive

Cada semana de gestação é uma novidade. Brinco que, se amanhã acordar com o cabelo azul, vou ao Google buscar "cabelo azul gravidez". Na gestação, o normal é sentir coisas anormais. Constipação, dores, cansaço, enjoo e muitas outras coisinhas que costumam ser problemas na vida das pessoas, na da grávida "fazem parte". E quer saber? A gente sente tudo isso com muita satisfação, pelo bebê e pela nossa felicidade. Mas às vezes o bicho pega...

Na semana passada, saí do trabalho para o almoço e estava um calor danado. Quando retornei ao escritório e ao ar condicionado gelado, meu sistema respiratório pifou. Fiquei com o nariz totalmente trancado, comecei a espirrar e a sentir dor nos olhos. Como não sofro de nenhum tipo de alergia, achei que era uma gripe me pegando. Mas no sábado nenhum outro sintoma de gripe havia surgido e a constipação nasal só pirou. Meu marido, que é alérgico, matou a charada: "isso parece uma rinite".

Nem dei bola para o que ele disse, pois nunca tive rinite. Até descobrir que, sim, na gravidez é possível você sofrer a tal "rinite de gravidez". Essa era a novidade da semana! Passei dois dias fazendo inalação em casa - só com soro -, o que amenizou temporariamente os sintomas, mas não eliminou.

Então fui ao médico e ele confirmou o diagnóstico: rinite de gravidez, causada pela queda de imunidade que é natural dessa fase. Receitou-me um remédio de espirrar no nariz, com uma dosagem mínima de corticoide, liberado para uso na gravidez. Farei um tratamento de 21 dias com esse medicamento, mas o médico alertou: "Algumas gestantes sentem isso a gravidez inteira. Nem sempre o tratamento cura a rinite...". Veremos como será o meu caso!

Na verdade o que importante é que, tirando isso, estou ótima e o bebê também. Durante a consulta, ouvi seu coraçãozinho no equipamento que o obstetra tem no consultório. Foi tão bom! Como diz Rita Lee, "tudo por amor".

#15semanas

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